Glauber Rocha |
“Deus e o Diabo, na Terra do Sol” (1964) é uma obra do diretor e ator baiano Glauber Rocha, um dos maiores cineastas do cinema novo, escola que tinha como propósito, apresentar o quadro caótico do Brasil nos anos 60.
Sua revolta contra as situações e os maus tratos aos proletariados, a escravidão por parte dos grandes latifundiários, burgueses que oprimiam os trabalhadores eram os assuntos que ele mais retratava em seus filmes, como uma forma de denunciar e tentar mudar o mundo da época.
A obra de 1964 mostra como o catolicismo sempre esteve presente de
uma forma mística na política. Um beato chamado Sebastião, que representa Deus,
promete prosperidade e o fim do sofrimento,para a população; já o Corisco, o cangaceiro
(Diabo Loiro), que representa o diabo. Tanto Sebastião quanto Corisco sofrem
com a seca do nordeste.
Foto do filme Deus e o diabo na Terra do Sol |
A produção da época era feita de forma precária, não só pela falta de recursos ou de capacidade dos atores e personagens, até mesmo de propósito, para mostrar exatamente a condição em que vivia a sociedade daqueles anos.
Foto do filme Cidade de Deus |
O cinema atual se inspirou em alguns aspectos do Cinema Novo, quando se trata de política e religião, que continuam andando juntas, mais com fins comerciais, do que uma preocupação de ter as mesmas abordagens temáticas e conteúdos anteriores.
Como diz a Professora e Jornalista Juliana Sangion, em entrevista ao site Câmera Escura, um exemplo é o filme: “Cidade de Deus”, que foi visto por mais de um milhão de pessoas no cinema, tornando-se uma espécie de “blockbuster”, algo de muito sucesso.
Por: Ailton Nunes
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